domingo, 24 de outubro de 2010

The corridors of life .

     Os corredores eram longos e com várias portas, o amanhecer entrava pelas frestas das poucas janelas, mas apenas pelas frestas. Apesar de ser um lugar grande, era um lugar bem "solitário", tudo lá parecia vazio, as cores se encontravam apagadas.
     Se você abrisse as janelas, o sol muitas vezes poderia queimá-lo, a luz dos raios que dele saem, são tão fortes que até os olhos ficam cegos, demora muito tempo para se conseguir enxergar algo lá do lado de fora. As portas, muitas delas, já foram abertas. Em algumas foram encontradas a felicidade e a amizade, outras foram abertas e depois fechadas com um certo sentimento que eu chamaria de arrependimento, nessas portas muitas vezes foram encontradas a tristeza e a dor de acontecimentos que eu não gostaria de tê-los vividos, mas com o tempo você continua andando por aqueles mesmos corredores, abrindo novas portas, vivendo novas datas, chorando novas lágrimas, sorrindo novas graças, procurando novas felicidades, talvez eu ache em alguma dessas portas a mais simples das verdadeiras amizades.
     E no final tudo aquilo que foi machucado, ficou cicatrizado, e tudo o que restará, são os momentos que por mim sempre serão lembrados.
     A partir de agora, vou abrir todas as janelas, vou deixar o sol daquele mesmo amanhecer entrar nestes mesmos corredores, vou aprender a me acostumar com aquela mesma luz dos raios de sol, que antes queimavam a visão que agora sempre me conduz, vou me acostumar, mas eu nunca vou mudar o meu verdadeiro eu.
     Acabei percebendo que eu havia chegado ao fim do corredor e lá havia uma única porta, e nessa porta estava entalhada, em uma plaquinha de ouro, a palavra vida.
     Eu abri aquela porta e o que encontrei lá foi uma imagem um tanto familiar, era outro corredor com milhares daquelas tantas portas fechadas que precisavam ser abertas.
     Esses são os meus corredores, essa é a minha vida. Com certeza ela é cheia de escolhas, mas... apenas irei continuar andando e nunca vou parar.
     -"Nós não podemos deixar de viver."- Stefan disse à Elena.
     Isso é o que eu digo à mim mesmo todos os dias, e é isso o que eu digo à vocês agora.
     Neste momento ele fechou seu diário, guardou-o em sua mochila e abriu a primeira porta no início daquele corredor, e tudo o que encontrou lá foi a sua família. Ele estava em casa.

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