sábado, 9 de outubro de 2010

Angels of the darkness. - Chapter 2

     Já era seis e meia da manhã e eu tinha que ir para a escola. Gosto muito de lá, apesar de algumas pessoas falando de outras pelas costas, mas me diz em qual lugar que não se tem isso hoje em dia?. Eu tenho dois amigos em que mais confio, Jéssica e Leonardo. Ah! Esqueci de me apresentar, meu nome é Damon, tenho 16 anos, moro em Santa Barbara, no estado da Califórnia e essa é a minha história.
     Na verdade estou com muito sono, eu não consegui dormir direito desde sexta-feira à noite, foi quando vi Hayley, nunca mais consegui encontrá-la depois disso. Era segunda-feira, fazia um dia lindo na rua e eu estava com aquele pressentimento de que alguma coisa iria acontecer. Levantei da cama, me vesti, fui ao banheiro escovar os dentes e peguei o meu material escolar, no mesmo instante percebi que tinha aula de francês hoje, é uma das matérias que eu mais odeio, nunca consigo entender nada.
     Desci as escadas e minha mãe, Lilian, estava lá preparando um café da manhã delicioso de panquecas com cobertura de chocolate, ovos fritos e bacon. Minha mãe havia se separado de meu pai há cinco anos, eles brigavam muito. Eu tenho uma irmã, Caroline, ela está no último ano de escola e sempre está na correria de preparativos de formatura, só de pensar que eu vou me formar ano que vem chega à me dar um frio na barriga. Eu gosto muito da minha escola, mesmo com algumas pessoas que eu não goste, mas não consigo me ver em um futuro sem a escola e meus amigos todos os dias.
     A Santa Barbara High School, é uma escola maravilhosa, é o lar dos Dons, que é o time de futebol americano de lá, e suas líderes de torcida, eles são muito feras no que fazem. Depois do café da manhã minha mãe me deixou na frente da escola e quando ela foi embora lá, eu vi que todos estavam correndo para observar alguma coisa no meio do pátio. Uma ambulância chegou rapidamente no local e meus dois melhores amigos vieram correndo apavorados, me contar o que houve.
     - Damon, aconteceu uma coisa horrível e muito sinistra! - disse Jéssica ofegante e quase chorando.
     - O que houve? - perguntei.
     - O Scott, nosso colega nos períodos de matemática, caiu e bateu a cabeça no chão, ele está inconsciente. - disse Leonardo.
     - Sério!? E como que isso aconteceu? - perguntei.
     - Dizem que ele desmaiou, mas eu acho que alguém o empurrou ou fez alguma coisa, ninguém conseguiu ver o que realmente aconteceu, mas o mais sinistro ainda é que ele "desmaiou" com a mão fechada em um punho e dentro tinha uma fita de cabelo vermelha. - explicou Jéssica.
     - Sério?! - perguntei assustado e surpreso, pois já havia visto duas destas fitas de cabelo antes.
     - Sim! - os dois responderam ao mesmo tempo, como se eu fosse um retardado.
     - E tinha alguma coisa escrita nessa fita?
     Jéssica tirou de seu bolso a fita que estava no punho de Scott e me entregou.
     - Como você pegou? - perguntei.
     - Peguei antes de a ambulância chegar. - disse Jéssica.
     Eu peguei a fita de sua mão e li o que estava escrito nela de caneta preta:
   "Em uma sexta-feira à noite a lua iluminava o céu, quando um corvo morto voou de volta para a sua escuridão".
     - Nenhum de nós dois conseguiu entender o que quer dizer. - disse Leonardo.
     - Isso talvez seja só o começo. - eu disse olhando para os enfermeiros levando Scott para a ambulância e acabei fingindo que não vi Leonardo e Jéssica que estavam me olhando esperando alguma explicação do que eu tinha acabado de dizer.
     Esse momento foi interrompido quando o diretor da escola, Sr. Carson, saiu para o pátio para mandar todos para as suas salas de aula. Nós imediatamente entramos na escola e fomos para o corredor, tínhamos aula de história juntos no primeiro período, fui em direção a meu armário pegar meus livros. Eu estava pegando meu livro de ciências quando alguém cutucou o meu ombro esquerdo e perguntou:
     - Oi, poderia me dizer onde eu posso encontrar a sala de artes neste mapinha aqui? É que eu estou perdida sabe...
     Eu me virei e no momento em que vi a pessoa que estava parada na minha frente, com um papel na mão e sorrindo para mim, meu coração acelerou como nunca tinha feito antes. Eu fiquei tão nervoso, que tudo o que saiu da minha boca foi:
     - O...o...oi. - depois disso acabei me tocando de que eu estava ficando ridículo e continuei - Oi, pode deixar que eu te levo até lá. Hm, eu não te conheço de algum lugar?
     - Obrigada. Hm, não me lembro. Aliás, meu nome é Hayley, prazer em te conhecer.
     - Meu nome é Damon, prazer em te conhecer também.
     Nesse momento ela sorriu para mim de novo, e eu tive a certeza de que ela era a menina da névoa daquela sexta-feira à noite. Fiquei tão impressionado que quase não notei o seu colar de fita vermelha.

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